sábado, 8 de agosto de 2015

#Filme1 - ''Amy'' (2015)

Olá a todos!
Tal como escrevi no post anterior o primeiro desta saga de 5 filmes é um documentário que vi muito recentemente. De certeza que já todos ouviram falar do documentário sobre a vida de Amy Winehouse. Estreou em Portugal a 23 de julho, precisamente no dia em que se completaram 4 anos após a sua morte.

Asif Kapadia é o realizador de um documentário intenso, desconcertante que nos faz ter um grande carinho por uma adolescente ingénua, admiração por uma artista talentosa e compaixão por uma mulher tão frágil.

Eu já adorava a Amy. Sempre gostei de jazz e a voz dela era realmente extraordinária, por isso não perdi tempo e fui ver o documentário logo no dia de estreia.
Muita gente julga-a sem conhecer a verdadeira história. O mais comum é ouvirmos as pessoas dizer que a culpa foi exclusivamente dela por se ter iniciado no caminho das drogas... mas não é bem assim. E, a meu ver, este documentário traz uma visão bastante realista de quem foi a Amy, e de como ela não teve o apoio de que tanto precisava.


Começamos por ver vídeos de uma adolescente divertida, inconsciente, que precisava de muito afeto, muito mesmo. Passando por situações comuns como o divórcio dos pais e enfrentando uma bolímia, ela nunca deixou de ser uma rapariga frágil, doce até.

A certa altura começaram a perceber que ela tinha uma voz muito particular e única mas ela só queria ser uma cantora de jazz puro, ela não admitia que recorressem à informática para alterar a voz ou produzir o som de um instrumento. Era tudo feito no estúdio, de forma complemente acústica. O cd de estreia era de um jazz genuíno. Quando já fazia tanto sucesso continuava a dizer que não era famosa.

Podemos também dizer que o amor é completamente destrutivo. Ela tinha uma paixão avassaladora pelo namorado, e entretanto marido, Blake Fielder-Civil. Encontros, desencontros, casamento e a prisão dele foram derrubando a estrutura dela. O pai também não era a melhor das influências. Infelizmente queria era lucrar algum dinheiro com o talento da filha. Foi ele quem disse que ela estava bem e não precisava de ir para uma clínica de reabilitação pois tinha de começar a sua turnê pelos EUA. E assim surge o sucesso ''Rehab'' em 2006.


É aqui que surge a Amy extravagante, com todas aquelas roupas, o cabelo e as tatuagens que tanto a caracterizam. Extravagância só exterior porque no fundo ela continuava a mesma menina frágil que vimos nos vídeos iniciais. Há uma imagem nunca vou esquecer e que é sem dúvida a imagem que mais me emocionou ao longo do documentário: quando ela vê pela TV, que o seu ídolo Tony Bennett anuncia o seu nome como vencedora do Grammy de melhor álbum do ano. Não sei explicar o que senti nessas imagens. Ela estava verdadeiramente emocionada, parecia uma criança pequena que precisava de um abraço. Ela estava realmente a precisar de ajuda, eram uns olhos inocentes, frágeis. Aquele era o seu momento.

Vai ser impossível explicar por palavras o que senti naquele filme, só quem for ver é que irá perceber. Como não podia deixar de ser as imagens finais arrepiaram-me. A manhã fatídica de 23 de julho de 2011, quando a descobrem morta em casa. Foi emocionante ver aquelas pessoas vindas de todo o lado e trazerem flores, imagens, no fundo fazendo a sua própria homenagem. Mas a imagem que eu não esqueço é a do caixão a sair de dentro de casa para o carro fúnebre.

Ela já foi tanto mas podia ter sido muito mais. Posso não ter escrito uma verdadeira crítica ao documentário - até porque não sou ninguém para o fazer - mas procurei descrever os sentimentos que provocou em mim. Foram duas horas de completa emoção. 
Ela era alma, emoção, fragilidade, música, criatividade... Tanto numa só mulher. 

Amy, minha Amy. Eterna Amy



Sem comentários:

Enviar um comentário